14 de fev. de 2008

DEPOIMENTO DA IRMÃ KHADIJA

Porque me tornei muçulmana?

Por Khadija Ahmed

Parece até meio estranho nos dias de hoje para quem vive no mundo ocidental, onde a beleza é um atributo indispensável para o sucesso do indivíduo enquanto pessoa, que eu e mais algumas outras pessoas nos identificamos com os princípios do Islam. Hoje em dia seguimos uma ditadura que nos impede de ser quem somos. E tudo que está fora do padrão estabelecido pela cultura ocidental é considerado retrógrado, fora de moda ou até mesmo se enquadra no conceito de “feiúra”. Em especial à mulher não é permitido que ela tenha cabelos cacheados, sobrancelhas grossas ou esteja acima do peso ou magra demais.

A mulher moderna, segundo os parâmetros ocidentais, para ser considerada livre deverá agir como o homem para ser digna de respeito. Ou seja, trabalhar como o homem, ter vários parceiros sexuais, viver sozinha às próprias custas, não pensar em família e filhos e etc. Ainda tem mais: ser religioso é considerado alienante e fora de moda. Acreditar em Deus até pode, o que não pode é deixar que a religião interfira no seu dia a dia, na sua relação com as pessoas e no seu trabalho.

Mas será que é possível crer em Deus sem seguir as palavras por ele reveladas? Será que todas as mulheres realmente querem se expor e ser julgadas pelos seus atributos de beleza? A prova de que a resposta é não está no aumento crescente do número de mulheres convertidas ao Islam. Se o Islam fosse realmente injusto com as mulheres não haveria tantas muçulmanas convertidas por esse mundo afora. As leis e preceitos divinos do Islam nos permitem realmente sermos mulheres. Não precisamos ser iguais aos homens para sermos tratadas com dignidade. Além disso, se escondemos os nossos cabelos sob um véu, é por nossa própria escolha, por submissão a Deus, somente a Ele.

Primeiramente, o conceito de monoteísmo e o entendimento da natureza de Deus através dos 99 atributos de Allah é algo simplesmente maravilhoso. O Islam é muito coerente quando ele nos diz que Jesus Cristo, Moisés, Abraão, Noé e Muhhamad (que a paz de Deus esteja com todos eles) foram humanos escolhidos por Deus para receber e divulgar a sua mensagem para toda a humanidade. O livro de Deus revelado ao profeta Muhhamad (saw) é algo único e de uma beleza inigualável, em especial quando é recitado na língua a qual ele foi revelado. Os conceitos de humildade, caridade, paz interior e esperança só reforça a nossa fé em Deus e em dias melhores para a ummah (comunidade) islâmica. O Islam ensina aos muçulmanos a busca pelo conhecimento. Além disso, nos ensina a sermos pacientes e tolerantes com o próximo.

O Islam me devolveu auto-estima e esperança. Através do Islam consegui definir o que realmente quero para minha vida enquanto eu viver aqui na Terra me preparando para a conquista do paraíso ao lado de Deus. O Islam na vida dos ocidentais resgata valores até então esquecidos, tais como, humildade, honestidade, caridade, vida familiar, respeito ao próximo e o mais importante de todos: a fé em um Deus único. No Islam aprendemos que somos criatura de Deus e temos acesso direto a Ele sem intermediários através das nossas orações diárias e súplicas. O Islam nos permite fortalecer a nossa fé em Deus porque é uma religião que se pratica no dia a dia.

A irmã Khadija Ahmed e muçulmana revertida no Rio de Janeiro, obrigada irmã pelo seu depoimento e que Allah possa te abençõar muitissimo e continue sempre lhe guiando ! Salamat


Um comentário:

Sara disse...

Salam!Me chamo Sara e moro em Brasília. Me converti a pouco tempo e é muito bom poder ler seus depoimentos. Também sou de família cristã e somente a fé em Alá pode me guiar por estradas difíceis. As críticas, preconceitos. Quando uso hijad sinto os olhares de estranheza, curiosidade mas mesmo assim, me sinto feliz e satisfeita por seguir o Islã. Nesse início de conversão gostaria de poder conversar com pessoas da religião.Saphia (pelo que entendi)mora também em brasília, seria legal conversamos sobre o assunto.Se puderem me add neste msn, ok?
msn:sarafd@brturbo.com.br
Mashalah!